18 julho 2011

Reinvenção de valores

    Ele não sabia o que era mais. Ela o olhava confuso mas ainda assim não compreendia, ela também não entendia. Eles tentaram sentir no que haviam se transformado, conversavam e nada percebiam. Eles se olhavam mas não se viam mais da mesma forma.

    Haviam percebido que agora havia diferenças, nada era igual mas nem tudo havia mudado.
    Eram as mesmas pessoas sem habilidades, eram parecidos mas agora não mais pois os pensamentos eram distintos.

    Horas depois.
    Houve o entendimento, o carinho e a compreensão na forma de um abraço que em outrora era em forma de beijos. Não foi preciso ouvir e nem dizer pois na mente dos dois só havia a certeza de um passado que não merecia ser esquecido mas nem por isso lembrado.

    Houve o silêncio, um sorriso apertado, um abraço e a certeza de que a amizade havia tomado conta do que eles já haviam sentido antes, um pelo o outro.
    Não foi uma evolução e nem uma regressão, foi uma reinvenção do querer, o embarcar do quase-amor e a chegada da nova-amizade.

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